Há mais de trinta anos que o programa O Homem e a Biosfera da UNESCO distingue áreas protegidas em todo o globo como laboratórios vivos de experiência partilhada entre vida selvagem e comunidades humanas e balões de ensaio para modelos de conservação e desenvolvimento sustentável. O próprio conceito de reserva remete para um valor a guardar, uma riqueza a preservar. Em Portugal, há cinco reservas da biosfera. O Paul do Boquilobo foi a primeira, na década de 1980. Seguiram-se as ilhas do Corvo e da Graciosa (2007) e, já este ano, a ilha das Flores e o Parque Nacional da Peneda-Gerês. Como já sucede com outros mecanismos de classificação do território, a Região Autónoma dos Açores lidera este processo, demonstrando que é possível conciliar actividades humanas tradicionais com valores naturais e impulsionando a economia local com as receitas do turismo ecológico e de novas actividades não invasivas.
Reflexão:
O estatuto constituiu uma “mais-valia” para estas reservas, dado que permitirá reorientar as decisões ao nível da gestão, compatibilizando a preservação da biodiversidade com a presença humana.
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